O
que falar sobre o amor? Muito e pouco. Há muitas formas de amar e de
“desamar”. Há quem diga que o amor tem o seu oposto no ódio. Há
quem fale que a falta de amor é desprezo. Há quem fale muita coisa
sobre o amor. Mas e a prática? Como está a prática do amor?
Ressalto aqui que não falo em sexo, isso é outro departamento. Sexo
é palpável, objetivo, concreto, carnal, passional, paixão. Amor
não necessita do toque, é subjetivo, emocional, sentimental. Então,
estipulada as diferenças eis que a pergunta retorna: Como está a
prática do amor?
Nesse
instante, muitos ficam se perguntando: “Tá, e como vou saber se
ele/ela me ama, se amor não precisa de toque?” Simples, o amor
necessita de companheirismo. O toque é uma necessidade física. O
companheirismo é uma necessidade emocional. E o companheirismo pode
ser demonstrado não necessariamente com o toque na pessoa amada, mas
qualquer ação que venha acrescentar felicidade ao companheiro é um
ato de amor. Está aí a maior diferença. Paixão é demonstrada
somente com o ato de carinho na pessoa objeto de desejo e o amor pode
ser demonstrado indiretamente. Um exemplo bem fácil é o marido que
chega antes da esposa e se preocupa em lavar a louça para ela, pois
sabe que ela chegará tarde e cansada. Veja que aqui ele não tocou
na esposa, tocou nos pratos. Mas a sua atitude demonstra dedicação,
preocupação e companheirismo. Demonstra amor. Ele quis apenas
ajudar. Por isso o amor não está relacionado apenas entre casais,
mas ele é demonstrado também entre pais e filhos, netos e avós,
amigos. Entretanto, a paixão trás um “quê” de egoísmo. Na
mesma situação, esse marido poderá não lavar a louça e quando
essa chega em sua casa, tarde e cansada, ele argumenta que ela nem
precisa lavar a louça agora, já que está cansada, que deixe para
lavar noutro dia, que o melhor é aproveitar o tempo “a dois”. Ou
seja, a esposa que lave a louça amanhã, agora, eles têm coisas
mais importantes a fazer. Eis que aqui não “rolou”
companheirismo, rolou paixão. Ele não deixou de gostar da esposa,
apenas não a ama o suficiente para ter feito o serviço por ela.
Não
há o que dizer contra a paixão ou o gostar. Apenas há que se
definir ou refletir que amor não representa o início do
relacionamento e nem o fim, mas o meio para quais ambos possam ser
felizes. E se você pensar que a paixão também trás felicidade,
certamente você leitor, está certo. Porém, existe uma diferença.
Na paixão a felicidade se concentra em cada um por si, tentando ser
feliz. No amor é um pelo outro, um querendo fazer o outro feliz e
que resulta na felicidade de ambos.
0 comentários:
Postar um comentário