segunda-feira, 22 de junho de 2015

O amor não é o início e nem o fim, mas o caminho

O que falar sobre o amor? Muito e pouco. Há muitas formas de amar e de “desamar”. Há quem diga que o amor tem o seu oposto no ódio. Há quem fale que a falta de amor é desprezo. Há quem fale muita coisa sobre o amor. Mas e a prática? Como está a prática do amor? Ressalto aqui que não falo em sexo, isso é outro departamento. Sexo é palpável, objetivo, concreto, carnal, passional, paixão. Amor não necessita do toque, é subjetivo, emocional, sentimental. Então, estipulada as diferenças eis que a pergunta retorna: Como está a prática do amor?
Nesse instante, muitos ficam se perguntando: “Tá, e como vou saber se ele/ela me ama, se amor não precisa de toque?” Simples, o amor necessita de companheirismo. O toque é uma necessidade física. O companheirismo é uma necessidade emocional. E o companheirismo pode ser demonstrado não necessariamente com o toque na pessoa amada, mas qualquer ação que venha acrescentar felicidade ao companheiro é um ato de amor. Está aí a maior diferença. Paixão é demonstrada somente com o ato de carinho na pessoa objeto de desejo e o amor pode ser demonstrado indiretamente. Um exemplo bem fácil é o marido que chega antes da esposa e se preocupa em lavar a louça para ela, pois sabe que ela chegará tarde e cansada. Veja que aqui ele não tocou na esposa, tocou nos pratos. Mas a sua atitude demonstra dedicação, preocupação e companheirismo. Demonstra amor. Ele quis apenas ajudar. Por isso o amor não está relacionado apenas entre casais, mas ele é demonstrado também entre pais e filhos, netos e avós, amigos. Entretanto, a paixão trás um “quê” de egoísmo. Na mesma situação, esse marido poderá não lavar a louça e quando essa chega em sua casa, tarde e cansada, ele argumenta que ela nem precisa lavar a louça agora, já que está cansada, que deixe para lavar noutro dia, que o melhor é aproveitar o tempo “a dois”. Ou seja, a esposa que lave a louça amanhã, agora, eles têm coisas mais importantes a fazer. Eis que aqui não “rolou” companheirismo, rolou paixão. Ele não deixou de gostar da esposa, apenas não a ama o suficiente para ter feito o serviço por ela.

Não há o que dizer contra a paixão ou o gostar. Apenas há que se definir ou refletir que amor não representa o início do relacionamento e nem o fim, mas o meio para quais ambos possam ser felizes. E se você pensar que a paixão também trás felicidade, certamente você leitor, está certo. Porém, existe uma diferença. Na paixão a felicidade se concentra em cada um por si, tentando ser feliz. No amor é um pelo outro, um querendo fazer o outro feliz e que resulta na felicidade de ambos.

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