quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Parcelando as Metas

Ao depararmos com esse quadro lastimável em que os anos seguidos de má administração nos fez chegar, o que poderemos esperar do futuro do Estado e do país? Se o futuro de uma nação está aliada a uma educação de qualidade percebemos que a qualidade do nosso futuro está abaladíssima.
Mais uma vez, perdoem-me pela repetição, mas temos que repetir que os jovens e as crianças aprendem mais com o exemplo do que com as palavras. Porém, enquanto as palavras de ordem falam, as ações de revolta gritam aos ouvidos dos ditos rebeldes. O que eles aprenderão? Pais nas ruas pedindo o justo pagamento de seus serviços e em casa, conselhos mornos de calma e compreensão invadem os ouvidos dos filhos.
Como parcelar os conselhos? Pedir aos filhos que fechem os olhos para a falta de luz e abram os ouvidos para o choro de fome dos irmãos? Como parcelar as promessas de um futuro tranquilo e promissor diante de um presente incerto e jogado no breu da miséria anunciada?
Drama? Não. Olhos bem abertos diante da realidade prevista. Anos de roubalheira não terminariam bem. Anos de uma população silenciosa não acabariam em música erudita, mas em folia de quarta-feira de cinzas.
E agora, povo? Como chegar em casa, após um dia de trabalho e ensinar ao filho que trabalhar, honestamente, vale a pena? Tem como parcelar esse problema? Há jeito simples e fácil de parcelar a educação e o futuro do Brasil?
Que rufem os tambores e soem as clarinetas, anunciando as novas metas do Brasil! Durmam com esse barulho fruto de um passado silencioso. Afinal, os cidadãos do país das maravilhas viviam sonhando com metas coloridas e acreditando que todos, governantes e civis, tinham metas idênticas a cumprir. Oh, doce e silenciosa ilusão. Pense em sua meta de vida. Agora, parcele-a.
A sociedade foi, a princípio, maquiavelicamente, segregada. De um lado branco, de outros os negros, pardos, azuis, vermelhos, amarelos, coloridos. De um lado os pobres, de outro os novos ricos. De um lado os homens, de outro as mulheres e teve o lado dos assumidos. Tudo dividido. A alegria foi compartilhada, dividida, segregada e alimentada pela mídia. Agora, a meta é não parcelar o retorno da força de uma nação unida pelo futuro do Brasil.



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