Ao
depararmos com esse quadro lastimável em que os anos seguidos de má
administração nos fez chegar, o que poderemos esperar do futuro do
Estado e do país? Se o futuro de uma nação está aliada a uma
educação de qualidade percebemos que a qualidade do nosso futuro
está abaladíssima.
Mais
uma vez, perdoem-me pela repetição, mas temos que repetir que os
jovens e as crianças aprendem mais com o exemplo do que com as
palavras. Porém, enquanto as palavras de ordem falam, as ações de
revolta gritam aos ouvidos dos ditos rebeldes. O que eles aprenderão?
Pais nas ruas pedindo o justo pagamento de seus serviços e em casa,
conselhos mornos de calma e compreensão invadem os ouvidos dos
filhos.
Como
parcelar os conselhos? Pedir aos filhos que fechem os olhos para a
falta de luz e abram os ouvidos para o choro de fome dos irmãos?
Como parcelar as promessas de um futuro tranquilo e promissor diante
de um presente incerto e jogado no breu da miséria anunciada?
Drama?
Não. Olhos bem abertos diante da realidade prevista. Anos de
roubalheira não terminariam bem. Anos de uma população silenciosa
não acabariam em música erudita, mas em folia de quarta-feira de
cinzas.
E
agora, povo? Como chegar em casa, após um dia de trabalho e ensinar
ao filho que trabalhar, honestamente, vale a pena? Tem como parcelar
esse problema? Há jeito simples e fácil de parcelar a educação e
o futuro do Brasil?
Que
rufem os tambores e soem as clarinetas, anunciando as novas metas do
Brasil! Durmam com esse barulho fruto de um passado silencioso.
Afinal, os cidadãos do país das maravilhas viviam sonhando com
metas coloridas e acreditando que todos, governantes e civis, tinham
metas idênticas a cumprir. Oh, doce e silenciosa ilusão. Pense em
sua meta de vida. Agora, parcele-a.
A
sociedade foi, a princípio, maquiavelicamente, segregada. De um lado
branco, de outros os negros, pardos, azuis, vermelhos, amarelos,
coloridos. De um lado os pobres, de outro os novos ricos. De um lado
os homens, de outro as mulheres e teve o lado dos assumidos. Tudo
dividido. A alegria foi compartilhada, dividida, segregada e
alimentada pela mídia. Agora, a meta é não parcelar o retorno da
força de uma nação unida pelo futuro do Brasil.
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