A arte de
educar exige coragem. Coragem para quem educa e para quem é
educado. Afinal, deve-se ter coragem para direcionar a criança, jovem e
filho para o caminho do bem. Deve-se ter coragem para dizer NÃO!
Deve-se ter muita coragem para não se deixar sucumbir às diversas tentações
tecnológicas, aos inúmeros apelos modernos e passar os valores para as
crianças. Deve-se
ter coragem para
estabelecer limites, dar responsabilidades. Esta é a palavra-chave: responsabilidade.
Quantos pais não são mais responsáveis
pelos seus filhos, delegando aos professores, aos coleguinhas, à televisão e,
pior de tudo, às ruas a RESPONSABILIDADE de educar? Há que existir coragem também para ser
educado. Dizer não às tentações
das ruas, da televisão e, principalmente, dizer não aos falsos amigos e isto
exige um tanto de coragem. Infelizmente,
há falta de coragem também nas escolas. Não de educar, pois educação deve
vir de casa, juntamente com o material escolar, mas de ensinar. Existe muita falta de coragem entre alguns
professores de ensinar. Digo aqui o verdadeiramente ensinar (preparar-se
para ensinar dá trabalho, também). Chegar à sala de aula, dar um jogo para
matar a aula, dar livros sem cobrar a leitura, dar exercícios para passar o
tempo, levar para assistir DVD somente para distração, levar para informática
para fazer hora não é ensinar... Isto tem outro nome. Porém, ensinar, realmente ensinar, dá
trabalho. Preparar aula, corrigir, ler livros para poder orientar os alunos na
leitura e na escolha de títulos dá trabalho. Além disso, ensinar, assim como
educar exige muita força, pois ambas as tarefas encontrarão muitos obstáculos,
muitos opositores, muita incomodação e muitos inimigos. Bem, deixar-se educar também ocasionará em
conseguir inimigos. Enfim...
Educar, ensinar, educar-se dá trabalho, mas compensa. O retorno é ser agente transformador de uma
história. É formar cidadãos críticos numa sociedade manipuladora de opiniões.
Deixar-se educar é aproveitar a
oportunidade de se transformar numa pessoa íntegra, humana e responsável.
Um abraço,
Cláudia de Villar

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