Prezados leitores, o fim das férias
aconteceu e nós, pais, professores e estudantes retornamos à rotina escolar.
Para alguns, triste realidade, para outros, alegria e para muitos a chegada da
etapa final de mais um ciclo. Porém, para fecharmos um ciclo deve ocorrer uma
transformação. Quando deixamos de ser crianças para passarmos a ser jovens
adolescentes percebemos algumas mudanças em nosso corpo. É o fim de uma etapa e
o início de outra. Quando nada ocorre... Não há transformação e se não houver
transformação não ocorrerá o fechamento de uma etapa. Primeiro terminamos de
construir as paredes de uma casa para depois nos preocuparmos com o telhado. E
assim é a nossa vida escolar. Primeiramente, nós temos que concluir um ano
letivo com aprendizagem para depois prosseguirmos o nosso caminho e avançar
pedagogicamente.
Entretanto, percebo com muita tristeza que
muitos alunos estão ‘avançando’ sem fechar o seu ciclo estudantil. Cuidado,
estão subtraindo a educação de muitos alunos. Alunos esses que necessitam
fechar os seus ciclos de aprendizagem para prosseguir na série seguinte.
Infelizmente, estão oportunizando a alguns estudantes a sua passagem para o
próximo ano letivo com “êxito” em aprendizagem, mas na verdade não foi isso que
aconteceu Aprovações automáticas e com jeitinho
estão subtraindo da vida de muitos jovens a chance de aprender, construir
conhecimento e de se tornar um cidadão crítico e político. Afinal, quem ‘passa
de ano’ sem ter aprendido sabe muito bem que foi ‘empurrado’. E quem foi
‘empurrado’ para a série seguinte aprende o que na escola? A burlar a lei? A
dar um jeitinho para que algo dê certo? E, pior que tudo isso, ser aprovado sem
aprendizagem não diminui apenas as chances de se tornar um cidadão apto a
intervir no mundo, mas subtrai da criança e do jovem a sua dignidade. O que
fica para aquele que ‘passou’ sem nada saber é a seguinte mensagem: “Não sei nada, mas mesmo assim me passaram de ano. Não sou
capaz de aprender, por isso me passaram de qualquer forma. Enfim, sou um
fracassado.”
Portanto, pais, cidadãos brasileiros, não
deixam que a educação de seus filhos seja subtraída da vida deles. Lute pelo
direito à educação!
Um abraço,
Cláudia de Villar


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