Há muito tempo tenho pensado e observado
alunos, escolas e professores e algumas ações e, principalmente, as faltas de
ações têm me preocupado. Há entre o corpo escolar certa “desilusão”. Temos de
um lado professores que não se importam mais em ensinar, de outro lado equipes
diretivas que não querem mais ‘cobrar’ ações pedagógicas de seus professores e,
em alguns casos, fecham os olhos para a educação e, finalizando, temos alunos
desmotivados, rebeldes ou totalmente alienados. Desilusão na Educação. Uma
tríade sem vontade. Desmotivada.
Atenção, sociedade! A educação está “entrando
numa de ficar parada”, sem agir, sem progredir, sem... Viver. Educar é preparar
para a vida. Quando nós estamos desiludidos, nos tornamos apáticos e sem
vontade e, dessa mesma forma, as escolas estão demonstrando esse comportamento:
escolas adoentadas.
Professores sem vontade de preparar a aula,
diretores sem vontade de se importar com seus professores, alunos sem vontade
de ir à escola e pais sem vontade de se importar com a educação de seus filhos.
Mas o que ocasionou essa desilusão na Educação? De onde ela surgiu? Desde
quando a Educação está sem vontade de ser?
A mudança veio aos poucos, lentamente, mas
ela veio. Os mais atentos já haviam alertado. A educação pedia não somente
respostas, mas socorro! Alguns irão dizer: “Ah... A modernidade, os computadores
foram os responsáveis pela desilusão pedagógica”, outros rebaterão: “Os pais,
cada vez mais preocupados ou precisando sair para o trabalho, deixaram seus
filhos à deriva, dessa forma, filhos sem vontade de aprender geram professores
sem vontade de ensinar”. Qual dos dois argumentos está certo? Talvez os dois.
Talvez ainda haja um terceiro argumento. O que devemos salientar aqui é que se
a Educação está desiludida, todos aqueles que pertencem ao conjunto educacional
(pais, alunos, professores, equipe diretiva, governo) são responsáveis por
tomar atitudes para que esse quadro mude. Os que realmente se importam, aqueles
que ainda acreditam que a Educação é a solução para uma vida digna, saudável,
democrática e feliz devem começar a fazer a sua parte. Triste em imaginar uma
educação sem vida, desiludida. Afinal, tal quadro gerará uma sociedade à mercê
de manipuladores. Vamos agir para que a educação não corra o risco de ser
hospitalizada e em surto!
Até o nosso próximo encontro,
Cláudia de Villar


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