quinta-feira, 8 de maio de 2014

Mãe ama à vista, filho, parcelado

Com o Dia das Mães se aproximando quero fazer uma reflexão acerca do amor. Podemos mensurar o amor? Como, ao final de um dia poderei dizer: “Amei o suficiente hoje” ou “Hoje, faltou amor para mim”, se não existe uma máquina de calcular o amor?
A máquina. Não entre na máquina.
Sim, não se deixe colocar na máquina.
A máquina registradora da vida é implacável. O tempo ameaça as vidas ao mesmo tempo em que ele simplifica a existência daqueles que não entraram na máquina.
E por falar em amor, por que não falarmos em mães?
Que o amor de mãe é enorme ninguém duvida (há controvérsias, eu sei), mas existe a tal máquina registradora do tempo e da vida e essas máquinas são frias e duramente inflexíveis. E o amor é posto na máquina.
Quando uma mãe ama, ela simplesmente ama! Pronto, acabou. Ela ama.
Quando um filho ama, ele ama a mãe que o coloca pra dormir, que brinca com ele,  dá banho, deixa brincar até tarde, dá um smartphone moderno,  deixa faltar a aula, que faz uma comidinha boa, dá mesada, deixa sair com a turma, que não reclama quando ele chega tarde,  deixa trazer a namorada pra casa, que... que... que... Ama à prestação. Vai amando a mãe conforme ele vai ganhando os carinhos de acordo com as conquistas de seus objetivos. Quando a mãe não sucumbe aos pedidos sinceros dos filhos... Ah... A mãe não presta mais. Como se fosse uma panela velha que não cozinha mais. É descartada. A mãe do colega é bem melhor. Mas será que é assim?
A mãe, não. Essa quando ama, ela ama. De uma vez só. Ama pela primeira vez quando pensa em ter o filho e nunca mais deixa de amá-lo. É um amor à vista. Todo o amor é ‘jogado’ no filho de uma única vez. Por isso alguns filhos reclamam dizendo que ela os sufoca e as mães se queixam: “Ele, de uma hora pra outra, deixou de me amar”. Engana-se, ele apenas está amando à prestação. Cada amor a seu modo. Cada amor a seu tempo.
Que nesse mês de maio, mães e filhos esqueçam a máquina registradora do tempo e apenas amem. A vida terrena não é para sempre. Não sabemos quando a máquina irá parar e a vida se findar. Aproveitem o seu tempo. É tempo de amar!

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