quinta-feira, 3 de abril de 2014

Big Brother após Big Brother

Se vocês pensam que acabou… Não, não acabou.
BB pós BB continua. E não estou falando da memória de cada um ou das imagens dos participantes que poderão estar vinculadas às mídias que viverão ainda à custa da imagem dos “manos”. Não, não é disso que estou falando, mas sim da herança ‘cultural’ do BBB.
Muito discutido nas mídias sobre o ver ou não ver. Dar ibope ou não dar ibope para a emissora, o BBB deu ‘muito o que falar’, postar, compartilhar, ler, reler, matérias para revistas, jornais, programas de TVs e, agora que chegou ao seu final, o programa ‘xerocado’ de outro país deixa o seu legado cultural.
E você pergunta: Qual legado? A verdade. Qual verdade? Temos no país pessoas que sonham em participar desse programa. Vejam que aqui eu nem falo sobre os telespectadores do programa. Esse assunto já foi muito discutido em redes sociais e, embora, possa não ter se esgotado, quero aqui dar outro enfoque para o BBB: a verdade nua e crua: há muita gente que SONHA em ser um ‘brother’. Tem como meta de vida ser um enlatado. Quem são esses jovens que têm o sonho de ser um ‘bbb’?
A fama, o dinheiro (muito bom por sinal) ainda mexe com muita gente. Assim como mexe com os jogadores que abandonam o seu time do coração, abandonam seus pais, abandonam o país e vão jogar em outros países por dinheiro, os aspirantes ao BBB largam tudo (tudo mesmo) por dinheiro.
Alguns políticos largam a vergonha na cara por dinheiro. Mulheres largam os pudores e posam nuas (nus artísticos) por dinheiro e há pessoas que fazem qualquer coisa pela grana do BBB.
Qual é a diferença?
Tudo bem que jogadores ainda se esforçam (alguns) mais do que os políticos, que os bbbs, que as tais modelos artísticas, mas todos eles têm o mesmo propósito de vida: não ter que trabalhar 25 ou 30 anos para se aposentar (ganhando uma mísera aposentadoria). Ganhar dinheiro rápido e, muitas vezes fácil, dar um jeitinho na vida e lucrar à custa da audiência, de seus simpatizantes e seguidores.
Há exceções entre os citados aqui? Sim, talvez haja (peço que envie para mim as exceções), mas há muito mais a regra.
O legado cultural do BBB? Deixa mais vontade de ter dinheiro à base da brincadeira, da competição, da folia, das festas, da bebedeira, do ‘namoro’ liberado, do fuxico, da malandragem, das brigas, enfim, ganhar dinheiro com a audiência daqueles que trabalham 30 anos para, às vezes, nunca conseguir juntar toda a grana do prêmio.
Uma crítica? Não. Uma constatação.
Eu vi, outros, não. E daí. Estamos numa democracia. E viva os ‘manos’!

0 comentários:

Postar um comentário