segunda-feira, 3 de março de 2014

Valores X Amadores

Conflito de gerações? Talvez, mas pensando bem é mais do que isso. Se uns usam umas correntes penduradas no pescoço e se sentem felizes, tudo bem. Elvis Presley e Roberto Carlos também tinham sua maneira própria de se vestirem e muitos gostavam deles. Muitos que hoje condenam a nova maneira de vestir-se da gurizada.
A forma ‘fanática’ em demonstrar o amor pelos novos ídolos também não é motivo de condenação. The Beatles viviam rodeados por fãs ‘maluquetes’ e nem por isso o mundo ‘se perdeu’. 
Entretanto, o perigo mora ao lado. Sendo mais precisa, o perigo mora no amadorismo dos jovens de hoje. Totalmente ‘jogados’ na vida, muitos sem ter com quem dividir, conversar e aprender, perdem-se na onda e são levados por outros jovens ou por adultos que se aproveitam do amadorismo juvenil.
Como exigir uma posição mais pautada em valores tão importantes se os seus exemplos estão dando mau exemplo? São filhos de pais ausentes. São filhos da máquina, da mídia, dos ‘espertos’ que tiram proveito da situação e, com um jeitinho bem brasileiro, levam as nossas crianças e jovens para uma estrada repleta de curvas sem placas de sinalização. E uma curva mal feita, com olhos vendados e em alta velocidade não pode acabar bem.
Percebemos na mídia um bombardeio de maus exemplos. Onde estão os pais para mostrar que o que passa na televisão é errado? Onde estão os governantes honestos? O que os jovens que aparecem na mídia estão fazendo para servirem como modelos para os seus telespectadores juvenis?
Onde estão os valores?
Não podemos ensinar o que não sabemos.
Percebemos, cada vez mais, bebês nascendo sem um lar formado. Nascem de uma balada, de uma ‘ficada’, de uma noite de carnaval. Nascem do nada. Sem planejamento, sem vontade, sem raiz, sem condições, sem família. E, dessa forma, são criados. Alguns, os avós assumem o compromisso, outros são ‘jogados’ na vida. O irmão mais velho dá uma olhadinha, leva para a escola, e outros, os menos favorecidos, são criados por aí. Como um objeto sem sentimento. E quem ganha com isso? O que acontece com esse abandono? Os rolezinhos, os ídolos sem virtudes, a mídia sensacionalista e aproveitadora e os governantes corruptos que compram não apenas o voto, mas a ‘confiança’ em troca de um falso amor paternal.
A sociedade deve abrir os olhos e perceber que ‘a coisa’ está cada vez pior. Como ter esperança num futuro se os nossos jovens amadores estão desprovidos de um herói como modelo? Como desejar que os valores sejam respeitados com amadores sendo criados pelos aproveitadores?
Eis uma pergunta à espera de uma resposta.
Até o nosso próximo encontro.

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