Estive no Litoral gaúcho por
esses dias e, infelizmente, constatei algo muito triste: cada vez mais os
jovens estão tristes. Tristes, desorientados e iludidos. Não sei ao certo o que
mais me impressionou, se foram as risadas criadas, inventadas, falsas ou a
tristeza escondida atrás de seus olhos.
A nova geração está infeliz.
Não todos, mas uma grande parte. Procuram na noite, nas bebidas, nas drogas e
sexo fácil encontrar o prazer e a felicidade. Mas não encontram e por não
encontrarem, seguem a sua busca, desenfreada, noite a pós noite, balada após
balada, pela felicidade genuína.
Triste ver as gurias bebendo
exageradamente, com suas “micros” roupas, seus cabelões para balançarem de um
lado para o outro e seus corpos raquíticos e sem expressão numa propaganda
desenfreada de si mesmas. Os guris, tentando acompanhar a “turma”, assim como a
ala feminina, exagera na bebida, se exibem como pavões numa tentativa de serem
‘os melhores’. É uma mistura de cerveja, energético, uísque, risadas altas,
corpos exaltados e olhares perdidos.
Fico me perguntando como
eles acordam. Como eles agem durante o dia? Como deve ser a rotina desse
pessoal zumbi? Será que dá para escutar a mesma risada alta vinda deles durante
o dia? Quais seriam as profissões daqueles jovens? Trabalham onde? Estudam?
Será que eles são felizes? Conseguem encontrar prazer no dia-a-dia? E como deve
ser o convívio entre a família?
Não convivem.
A nova geração se fecha em
seus quartos com seus próprios televisores, com seus celulares, sua vida
individual. Não há diálogo. Não há risada entre pais e filhos. Não há amor. E
eles vão para as ruas em busca de ‘amor’, de atenção e de uma felicidade
artificial.
Pergunto-me quando tudo isso
começou. E pior, será que tudo terminará? Saí daquele centro de falsas ilusões
e fui para casa, deixando para trás o futuro do Brasil.
Até o nosso próximo
encontro.


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