terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Falsa Felicidade

Estive no Litoral gaúcho por esses dias e, infelizmente, constatei algo muito triste: cada vez mais os jovens estão tristes. Tristes, desorientados e iludidos. Não sei ao certo o que mais me impressionou, se foram as risadas criadas, inventadas, falsas ou a tristeza escondida atrás de seus olhos.
A nova geração está infeliz. Não todos, mas uma grande parte. Procuram na noite, nas bebidas, nas drogas e sexo fácil encontrar o prazer e a felicidade. Mas não encontram e por não encontrarem, seguem a sua busca, desenfreada, noite a pós noite, balada após balada, pela felicidade genuína.
Triste ver as gurias bebendo exageradamente, com suas “micros” roupas, seus cabelões para balançarem de um lado para o outro e seus corpos raquíticos e sem expressão numa propaganda desenfreada de si mesmas. Os guris, tentando acompanhar a “turma”, assim como a ala feminina, exagera na bebida, se exibem como pavões numa tentativa de serem ‘os melhores’. É uma mistura de cerveja, energético, uísque, risadas altas, corpos exaltados e olhares perdidos.
Fico me perguntando como eles acordam. Como eles agem durante o dia? Como deve ser a rotina desse pessoal zumbi? Será que dá para escutar a mesma risada alta vinda deles durante o dia? Quais seriam as profissões daqueles jovens? Trabalham onde? Estudam? Será que eles são felizes? Conseguem encontrar prazer no dia-a-dia? E como deve ser o convívio entre a família?
Não convivem.
A nova geração se fecha em seus quartos com seus próprios televisores, com seus celulares, sua vida individual. Não há diálogo. Não há risada entre pais e filhos. Não há amor. E eles vão para as ruas em busca de ‘amor’, de atenção e de uma felicidade artificial.
Pergunto-me quando tudo isso começou. E pior, será que tudo terminará? Saí daquele centro de falsas ilusões e fui para casa, deixando para trás o futuro do Brasil.

Até o nosso próximo encontro.

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