Não. Não consigo imaginar a educação
‘tirando’ uns dias de férias. É como deixar de viver só por uns dias. Não há
possibilidade. Assim como não há como, de repente, pararmos de educar.
Professores e pais não tiram férias. É uma categoria que está em constante
prática de seu ofício: ensino-aprendizagem. Pois quem ensina também aprende e
vice-versa.
E então, você pai me pergunta: “Tá, vai me
dizer que os professores não tiram férias?” E eu, como professora, respondo:
Depende. Sim, depende. Quem realmente está engajado na proposta de educar fica
sempre ligado na tomada. Claro que, formalmente, existem as férias de fim de
ano (julho é recesso escolar), mas esse espaço de tempo em que não estamos
lecionando em sala de aula, muitas vezes estamos, informalmente, pensando em
educação. Um filme, um livro, uma atividade, ou qualquer outra situação ou
informação ao qual tenhamos algum contato em nossas férias, podemos fazer um
link com a sala de aula e ver uma possibilidade de usufruir a nova informação
em sala de aula no retorno para a escola
Da mesma forma são os pais que nunca tiram
férias. Pai e mãe são pais e mães 24h por dia todos os dias do ano. E para
sempre. Mesmo quando os filhos entram no período de férias escolares, nenhum
pai ou mãe irá, de repente, deixar de ser responsável pela educação de seu
filho. Afinal, educação não acontece apenas nos meses do período escolar da
criança ou jovem. Educação ocorre em múltiplos lugares e momentos. Educar é
ensinar a viver. Fico, inclusive, imaginando uma cena: “O filho chega para o
pai e pergunta qualquer coisa e o pai responde: ‘agora não, filho. Estamos de
férias. Pergunte daqui a 15 dias”. Absurdo!
Portanto, nesse período que se aproxima
para alguns ou que já está acontecendo para outros, eu desejo um
feliz período familiar. Aproveitem o aconchego com a família. Desfrutem desse
precioso intervalo para praticar a harmonia familiar. Ah... E para aqueles que
não querem ‘se desligar’ por completo... Leiam! Ler nunca é demais!
Boas férias a todos.
Até o nosso próximo encontro.
Cláudia de Villar


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