quinta-feira, 20 de junho de 2013

Avante, Brasil

Nesses últimos dias o povo brasileiro tem sido alvo de noticiários internacionais. E não é pela fama de ter um futebol marcante, um carnaval espetacular, pelas novelas famosas ou pelas suas belas representantes femininas (quase nuas). Não. O Brasil está em evidência devido a manifestações acerca de reivindicações de direitos.
O povo foi às ruas para reivindicar seus direitos. Direito à revogação do aumento da passagem do transporte público. Sim, foram pedir que os valores das passagens dos ônibus diminuíssem. Mas não foi somente esse o alvo de seus manifestos.
O que começou por centavos resultou em algo maior, algo mais forte, algo que estava ‘engasgado’ por muito tempo: CIDADANIA. Direitos adquiridos em leis que não estavam sendo mais cumpridas. Direito a uma Educação igualitária e de qualidade, direito a hospitais limpos, com médicos brasileiros e competentes, direitos a terem suas consultas médicas realizadas em prazo hábil e justo, direito a terem leitos disponíveis, direito a salários decentes, a aposentadorias dignas... Direito aos direitos!
E essa luta vem da ânsia de justiça. E justiça se ensina em casa. Uma família justa, que preza o ensino de valores, do respeito às filas, aos mais velhos, aos professores, pais que concordam que a Educação é direito de todos e que incentivar a ida e permanência na escola não é apenas uma forma de socialização entre os indivíduos, mas meio de inclusão no mundo, um lar assim, com esses valores é conivente com a cidadania.
Ensinar o que é certo ou errado é dever dos pais, dos professores e dos governantes. Infelizmente, podemos perceber que há representantes dessas três categorias que pecam. Infelizmente. Mas nem tudo está perdido. Há entre os cidadãos brasileiros pessoas que sabem o que são valores como o respeito à dignidade humana, aos animais, às florestas, à vida. E são esses cidadãos que estão indo às ruas que merecem o nosso respeito.
Sim, vamos pedir justiça. Mas só tem direito a pedir justiça quem é justo. Depredar patrimônio público, monumentos históricos fere as pessoas de bem, pois a nossa história deve ser preservada e respeitada. E o que é público é de todos. Além disso, devemos respeitar o patrimônio privado e conquistado, muitas vezes, com muito suor e trabalho por também cidadãos brasileiros.
Portanto, vamos “fazer e pedir justiça sendo justos” com outros. Não usemos de vandalismo e/ou depredações. Anarquismo não é pedir justiça. Sejamos pessoas de bem para o bem. Deixemos marcados nas ruas os nossos protestos regados pelo suor da luta e não pelo sangue da disputa.

Avante, Brasil.
Cláudia de Villar


0 comentários:

Postar um comentário