Nesses últimos dias o povo brasileiro tem
sido alvo de noticiários internacionais. E não é pela fama de ter um futebol
marcante, um carnaval espetacular, pelas novelas famosas ou pelas suas belas
representantes femininas (quase nuas). Não. O Brasil está em evidência devido a
manifestações acerca de reivindicações de direitos.
O povo foi às ruas para reivindicar seus
direitos. Direito à revogação do aumento da passagem do transporte público.
Sim, foram pedir que os valores das passagens dos ônibus diminuíssem. Mas não
foi somente esse o alvo de seus manifestos.
O que começou por centavos resultou em algo
maior, algo mais forte, algo que estava ‘engasgado’ por muito tempo: CIDADANIA.
Direitos adquiridos em leis que não estavam sendo mais cumpridas. Direito a uma
Educação igualitária e de qualidade, direito a hospitais limpos, com médicos
brasileiros e competentes, direitos a terem suas consultas médicas realizadas
em prazo hábil e justo, direito a terem leitos disponíveis, direito a salários
decentes, a aposentadorias dignas... Direito aos direitos!
E essa luta vem da ânsia de justiça. E
justiça se ensina em casa. Uma família justa, que preza o ensino de valores, do
respeito às filas, aos mais velhos, aos professores, pais que concordam que a
Educação é direito de todos e que incentivar a ida e permanência na escola não
é apenas uma forma de socialização entre os indivíduos, mas meio de inclusão no
mundo, um lar assim, com esses valores é conivente com a cidadania.
Ensinar o que é certo ou errado é dever dos
pais, dos professores e dos governantes. Infelizmente, podemos perceber que há
representantes dessas três categorias que pecam. Infelizmente. Mas nem tudo
está perdido. Há entre os cidadãos brasileiros pessoas que sabem o que são
valores como o respeito à dignidade humana, aos animais, às florestas, à vida.
E são esses cidadãos que estão indo às ruas que merecem o nosso
respeito.
Sim, vamos pedir justiça. Mas só tem
direito a pedir justiça quem é justo. Depredar patrimônio público, monumentos
históricos fere as pessoas de bem, pois a nossa história deve ser preservada e
respeitada. E o que é público é de todos. Além disso, devemos respeitar o patrimônio
privado e conquistado, muitas vezes, com muito suor e trabalho por também
cidadãos brasileiros.
Portanto, vamos “fazer e pedir justiça
sendo justos” com outros. Não usemos de vandalismo e/ou depredações. Anarquismo
não é pedir justiça. Sejamos pessoas de bem para o bem. Deixemos marcados nas
ruas os nossos protestos regados pelo suor da luta e não pelo sangue da
disputa.
Avante, Brasil.
Cláudia de Villar

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