Já há algum tempo eu tenho escrito sobre a
leitura e a educação. Hoje, em tempo de comemoração ao Dia das Mães, trago aqui
um texto que levanta a discussão sobre a importância do exemplo: mãe. Mas o que
tem a ver a data comemorativa com a leitura ou a educação? Por incrível e mais
louco que possa parecer, tem muito a ver. Sigamos o raciocínio: as nossas mães
estão em nossas vidas desde quando ainda nem éramos nascidos. Desde quando
ainda fazíamos parte de seus planos (ou não!). E o mais importante nisto tudo é
que as mães durante a gestação e durante as nossas vidas fizeram e fazem planos
para o futuro de seus filhos. Porém, desde Platão, seguidor de Sócrates,
sabemos que se educa mais pelo exemplo do que pela palavra, portanto, os planos
feitos pelas nossas mães de nada adiantam se seus exemplos esvaziam-se contra
seus discursos.
No livro das nossas vidas que foram
iniciados pelas nossas mães, tiveram como suas primeiras páginas os sonhos
sonhados por elas de dias felizes e grandes realizações pessoais aos seus
filhos. Certamente, essas realizações pessoais passeiam por uma boa escola, um
bom emprego e uma situação financeira melhor do que elas possuem.
E, se educa pelo exemplo, deve então as
mães dar bons exemplos aos seus filhos. Se não possuem uma vida financeira ao
qual gostaria de ter, mas desejam tal realidade a seu filho vão à luta! E então
você, mãe, me pergunta: Como dar exemplo de uma excelente situação financeira
de eu não tenho um bom emprego? Dê exemplo de garra, coragem e persistência.
Ainda lembro-me quando eu era pequena e fui
levada pela minha mãe para ela fazer uma faxina numa casa para comprar um
brinquedo para mim. O que a minha mãe me ensinou limpando aquela casa? A ter
persistência. A não ter vergonha do trabalho honesto. A seguir em frente em
busca da realização de um desejo. Então, como eu queria ser escritora o que eu
fiz? Segui o exemplo de minha mãe: continuei me esforçando, continuei
estudando. Trabalhava durante o dia e estudava na faculdade à noite. Fui à
luta. Não desisti.
Até hoje, quando penso em fraquejar
lembro-me da minha mãe limpando aquela enorme casa (eu era bem pequena). Será
que ela não sentia dores nas costas? Será que não estava gripada naquele dia?
Não lembro, mas o que lembro é a sua luta para me ver vencer. Ganhei o tal
brinquedo. Mas ganhei mais do que isso: ganhei naquele dia um exemplo de vida!
Então, mães de Viamão, mães do Mundo, sejam
exemplos para os seus filhos! Lembrem-se que eles estão sempre atentos aos seus
atos muito mais do que às suas palavras. Estimulem seus filhos a lerem (caminho
para o crescimento) e a irem às escolas (caminho para um futuro melhor).
Um abraço,
Cláudia de Villar


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